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domingo, julho 22, 2007

Sal

Branco manto
Que me cobre os sentidos
Perdidos quando mentes no que sentes.
Brancos dentes
Negros com palavras falsas
Que não queres na verdade pronunciar.

Teus olhos verdes, azuis
Negros de ódio falso
Brancos olhos nos olhos
De palavras claras que não precisas de dizer.

Ondas de um corpo salgado como mel
Silêncios seguidos de noites altas
De doces toques tocando guitarra
Na fraca memória da tua pele.

Enquanto vais e vens
Nas ondas de um rio de vento
Extendido sobre o mar.
Mil palavras vagueiam nas mentes
Mil sentimentos que sei que sentes
Ventos de amor, tremor de cruzar o olhar,
Ciclones de açúcar, tornados sem ventos
Naqueles momentos que são a luz,
Que tanto produz
Mas que no fundo não chega para acordar.

Encantadora
Sedutora sem armas nem sentido
Do que está realmente a fazer.
Viajas no meu sangue
Rumas ao coração distante
Que alguém ousou usar.

1 comentário:

Anónimo disse...

Quando se fala o que se sente sem preconceitos sai umas coisinhas unicas como estas que só tu sabes escrever.

[Reinas o teu mundinho e o de mais uns quantos á tua volta quando queres :)]