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quarta-feira, julho 25, 2007

Bomba Relógio

Páras para pensar mas o mundo não pára de girar,
Nas mãos a bomba relógio da vida que está prestes a rebentar.
Vermelho, verde, amarelo, azul, qual destes caminhos terás de cortar,
Na dor do destino tu pedes ajuda,
Se tu não sabes também não sou eu que te posso ajudar.

Decidir caminhos, rodar dividido, será que dá para rodar?
Partido em pedaços, agarrar nos braços, a vida ou morte quase a estoirar.

Olhar no vazio, suor pela cara, quente frio não sei como é,
Suores de vida que regam as plantas ou restia de ondas do fim da maré?

Partido numa só parte, aberto no silêncio da arte,
Só o destino que resta nos pode safar.
Fechado ou aberto o alicate da escolha, à espera que ponha, a areia a correr.
Assim pelo nada, na areia que não pára, e será só sofrer?

É chegada a altura, o tempo não dura, e está a acabar.
Fechados os olhos, esperando piedade, decide avançar.
Amarelo, verde, azul ou vermelho, que fio cortar?
De olhos fechados, caminha direito não vê o chão onde pisar,
Agarra no fio da vida, direito ao abismo e faz, o relógio parar.

1 comentário:

Sónia Vaz Martins disse...

Era bom poder parar no tempo não era? :D
O que vale é que a bem ou a mal aprendemos sempre a viver com o relógio em andamento.
*