Cinza

Obscuros sentidos esquecidos por mim
Na pele de uma mulher que meio mundo quer.

Viagem que já fiz, que não consigo evitar,
Caminho seguido entre toques de caixa
De um carro que já nem sei guiar.

Nas sombras da voz
Nas curvas deste mundo atroz
A escuridão de um caminho em que me conduzes
Pela mão, tipo guia, e quem não fia não entende um nós.

Diz-me o que fazes, eu acredito,
Evito, duvidar de quem amo.
Sê a minha amiga, a minha luz,
Sê aquela que me seduz, também me acorda,
E no fundo resta-me dizer: Sê tu.

Não quero este clima de festa.
Não quero o vazio da voz.

Quero o limite dos olhos,
Quero ser o mar onde navego,
Não nego, quero ser o vazio do ser,
O rei e o indingente, para no fim contente
Gostar que me gostes assim.