Olho, estupefacto o fundo negro deste céu,
Uma luz infinita brilha sem que eu a veja,
Talvez porque sou cego, talvez porque estás longe.
Olho, estupefacto o fundo negro deste céu,
Algo de mágico me aquece onde quer que esteja,
Talvez o problema seja eu, talvez porque estás longe.
Brinco com palavras enquanto penso em ti,
Passeio no deserto gelado que sou sozinho aqui,
Talvez porque estás longe, talvez não sejas tu.
Vagueio no mar de estrelas, no sol de Inverno,
Aqueço meu coração a cada rima, a cada verso.
Vingo-me do Sol, do Mar, da Lua mas não de ti,
Porque o Sol não brilha,
O Mar não sobe,
A Lua não é minha,
Se não estiveres aqui.
Olho, estupefacto o fundo negro deste céu,
Olho perdido o mundo que não é meu.
Uma luz infinita brilha sem que eu a veja,
E o meu pensamento és tu onde quer que esteja.
Talvez porque sou cego, talvez porque estás longe,
Mas o brilho de um Mundo nú não atrai quem foge.
Brinco com palavras enquanto penso em ti,
Procuro perceber o porquê, de não estares aqui.
Invento respostas para perguntas que nem sei,
Adormeço sozinho sabendo que tudo te dei.
Olho, estupefacto o fundo negro deste céu,
Olho o infinito gelado onde por fim posso ser rei.
segunda-feira, maio 15, 2006
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