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domingo, maio 28, 2006

Lava

Sangue que coagula lentamente
Num coração já só por si morto.
Dor que se esvai num rio de lava
Que pára apenas ao solidificar.
Caminhos que se misturam difusos
Básicos, complexos, confusos,
Mas de quem não teme a dor de tentar.

Sabores fieis À infidelidade
De tentar amar uma causa perdida.
Toques tão débeis, esquecidos,
Mas porém perdidos na saudade de te sentir.

Sangue que segue o caminho
Rolando sozinho colina abaixo.
Lava do centro da Terra,
O corpo de quem se esmera e ousa sentir.
Perdida ou achada,
Recém encontrada, porque se esvai de mim.

Caminhos traçados que trazem recados,
Silêncios discretos por vezes secretos,
Ruídos, agudos, de tão profundos,
Labaredas incandescentes que se soltam de mim.
Vento sozinho, percorre o caminho
Que se escreve assim
Em linhas de dor, confundindo-se, com amor.

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