Penso como se fosse algo demasiado natural
Mas incomum neste mundo real
Penso como se pensar pudesse mudar
Aquilo que ninguém consegue evitar.
Penso porque pensar me deixa livre
De ilusões reais e desventuras,
Penso porque pensar me faz viver
As crises que ainda estão para vir.
Penso que tenho um pássaro na mão
E outro que voa à deriva pelo chão,
Penso que se largo um para abraçar
O outro, talvez não venha cá poisar.
Tenho um pássaro no ar,
Tenho outro que insiste em se agarrar,
Tenho demasiado para quem tão pouco merece,
Tenho de menos para quem quer mais.
Penso em ter dois pássaros no ar,
Penso em qual dos dois enjaular,
Penso que talvez largarei os dois,
E abraço o que primeiro voltar.
Penso que não pode ser assim,
Que não tenho o direito de o fazer,
Penso que se os largo sozinhos,
Pelo menos um deles irá morrer.
Sei que tenho que escolher,
E sei o que realmente quero,
Sei qual queria abraçar,
Mas sei que outro dono o irá proteger.
Sei que quero o que não é meu,
Só não sei se me quer a mim,
Sei como a história começou,
Mas não sei como será o fim.
SatisVerborum, 2006
segunda-feira, abril 10, 2006
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